23. Balanço
Tratei a solidão como igual.
O deserto também é um lar...
Se as areias resistem,
os ventos nunca destravam tesouros.
Agora compreendo esses medos
sinceros, ranzinzas:
apenas guardam as esquinas da pele.
Sinal verde à conexão com o inconexo,
dentro de cada um um trânsito infinito:
a liberdade do mago,
a dissolvência do ego,
a transmutação da alma.
Faltam autoescolas ao destino:
só uma direção firme e suave para ultrapassaros cômodos limites
da inércia.
Matéria dos ninhos e dos sonhos,
água e ar não se misturam,
transpassam.
Que fale o silêncio.
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