Saturday, July 01, 2006

22. Rituais

Areias e ventos...

Noturno,
eu não me movo, eu olho as mãos.
Ponho o caráter

no centro do umbigo,
dou voltas e vozes

a um reflexivo exílio.

E a coragem de criar?
E o tal do amor?
Tudo é assim, luz e papel,
como um ato fotográfico?
É mais certa a esfinge

que a resposta?

Aprendo uma lição que não sei
mas aprendo:
não está fora de mim o mundo!

Mando a timidez dos palpites,
saudades voláteis...

Coração quebrado ao meio,
faço o ofertório.
Difícil é o sacrifício...

0 Comments:

Post a Comment

Subscribe to Post Comments [Atom]

<< Home