15. Blues
Sem entregas,
a flor que se queria abrir
afinou garras
e aguilhoou minha alma;
o marco da conquista
deslizou e afundou
no vazio do seu corpo.
Quando eu lhe deitava
o canhestro desejo,
uma gota de tristeza
resvalava e refletia
no mármore da sua pele.
Perplexamente cruéis,
o não entregue e
o não tomado
negociaram orgasmos,
sexualizaram o verbal,
esquadrinharam o tesão,
até não conseguirem mais
do que exaurir
as possibilidades
do prazer.
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